Manipulando o histórico do navegador

O objeto DOM window fornece acesso ao histórico do navegador através do objeto history. Ele expõe métodos e propriedades úteis que permitem que você se mova para trás e para frente através do histórico de navegação do usuário, bem como — iniciando com o HTML5 — manipular o conteúdo da pilha de históricos.

Mover para trás e para a frente através do histórico do usuário é feito usando os métodos back(), forward() e go().

Movendo para frente e para trás

Para mover para trás no histórico, apenas faça:

js
window.history.back();

Isso funcionará exatamente como se o usuário clicasse no botão Voltar na barra de ferramentas do navegador.

Da mesma forma, você pode avançar (como se o usuário clicasse no botão Avançar), assim:

js
window.history.forward();

Movendo para um ponto específico no histórico

Você pode usar o método go() para carregar uma página específica do histórico. Cada página é identificada por sua posição relativa à página atual (sendo a página atual o indíce 0).

Para retornar uma página (equivalente ao método back()):

js
window.history.go(-1);

Para avançar uma página (equivalente ao método forward()):

js
window.history.go(1);

O número de páginas do histórico pode ser determinado pela propriedade length:

js
const numberOfEntries = window.history.length;

**Nota:**O Internet Explorer suporta URLs como argumento para o método go(); isso não é um comportamento padrão e não é suportado pelo Gecko.

Adicionando e modificando entradas

O HTML5 introduziu os métodos history.pushState() e history.replaceState(), que permitem adicionar e modificar entradas no histórico, respectivamente. Estes métodos funcionam em conjunto com o evento window.onpopstate.

Usar history.pushState() modifica a referência que é utilizada no cabeçalho HTTP para objetos XMLHttpRequest criados após a utilização do método. A referência será a URL do documento cuja janela é o this no momento de criação do objeto XMLHttpRequest.

Exemplo do método pushState()

Suponha que http://mozilla.org/foo.html executa o seguinte JavaScript:

js
const stateObj = { foo: "bar" };
history.pushState(stateObj, "page 2", "bar.html");

Isto fará com que a barra URL mostre http://mozilla.org/bar.html, porém não fará com que o navegador carregue bar.html ou verifique se bar.html existe.

Agora suponha que o usuário navegue para http://google.com e logo em seguida clique no botão Voltar. Nesse momento, a barra de URL mostrará http://mozilla.org/bar.html, e se você ler o history.state você receberá o stateObj. O evento popstate não será disparado pois a página foi recarregada. A página carregada será bar.html.

Se clicarmos no botão Voltar novamente, a URL modificará para http://mozilla.org/foo.html, e o documento receberá um evento popstate, dessa vez com objeto de estado sendo nulo. Nesse momento, o documento também não altera seu conteúdo em relação ao passo anterior, porém o documento pode atualizar seu conteúdo manualmente após o recebimento do evento popstate.

O método pushState()

pushState() recebe três parâmetros: um objeto de estado, um título (que atualmente é ignorado) e (opcionalmente) uma URL. Vamos examinar cada um dos argumentos com mais detalhes:

  • objeto de estado — O objeto de estado é um objeto JavaScript que é associado com uma nova entrada no histórico criado por pushState(). Sempre que o usuário navegar para o novo estado um evento popstate é disparado e a propriedade state do evento contém uma cópia do objeto de estado da entrada no histórico.
  • O objeto de estado pode ser qualquer coisa que possa ser serializada. O Firefox salva o objeto de estado no disco do usuário para que possa ser restaurado após um reinício do navegador. É imposto um limite de 640k caracteres na representação serializada do objeto de estado. Caso um objeto de estado serializado maior que este valor seja passado como argumento para pushState(), o método irá ativar uma exceção. Caso você precise de mais espaço do que 640k, é recomendada a utilização do sessionStorage e/ou localStorage.
  • título — Atualmente o Firefox ignora este parâmetro. Passar uma string vazia é suficiente contra futuras mudanças no método. Alternativamente, você pode passar um título curto para o estado.
  • URL — A URL da nova entrada no histórico é passada por este parâmetro. Note que o navegador não tentará carregar essa URL após uma chamada do método pushState(), porém pode tentar carregar a URL mais tarde, por exemplo depois que o usuário reinicie o navegador. A nova URL não precisa ser absoluta; caso seja relativa, é resolvida em relação a atual URL. A nova URL precisar ser da mesma origem que a URL atual; caso contrário, pushState() ativará uma exceção. Este parâmetro é opcional; caso seja especificado, é utilizado como a atual URL do documento.

**Nota:**No Gecko 2.0 até Gecko 5.0, o objeto passado é serializado utilizando JSON. A partir do Gecko 6.0, o objeto é serializado usando o algorítmo de clonagem estruturada. Isso permite que uma variedade maior de objetos possam ser serializados.

De certa forma, chamar o método pushState() é similar a executar window.location = "#foo", no sentido de que ambos criarão e ativarão uma nova entrada no histórico associado com o documento atual. Porém pushState() tem algumas vantagens:

  • A nova URL pode ser qualquer URL na mesma origem da atual. Em contrapartida, modificar o valor de window.location o mantém no mesmo document somente se apenas a hash é modificada.
  • Você não precisa mudar a URL caso não queira. Em contrapartida, executar window.location = "#foo" só cria uma nova entrada no histórico se a atual hash não for #foo.
  • Você pode associar dados arbitrários com a nova entrada do histórico. Com a solução baseada em hash, você precisa codificar todos os dados relevantes em uma string curta.
  • Se title for utilizado pelos navegadores, esse dado pode ser utilizado (independente do hash).

Note que pushState() nunca causa a ativação de um evento hashchange, mesmo se a nova URL diferir somente na hash,

Em um documento XUL é criado o elemento XUL especificado.

Em outros documentos, é criado um elemento com um namespace null de URI.

O método replaceState()

history.replaceState() opera exatamente igual à history.pushState() com exceção de modificar a atual entrada no histórico ao invés de criar uma nova. Note que isso não impede a criação de uma nova entrada no histórico global do navegador.

replaceState() é particularmente útil quando você quer atualizar o objeto de estado ou a URL da atual entrada do histórico como resposta a alguma ação do usuário.

**Nota:**Em Gecko 2.0 até Gecko 5.0, o objeto passado é serializado utilizando JSON. Começando do Gecko 6.0, o objeto é serializado usando o algorítmo de clonagem estruturada. Isso permite que uma variedade maior de objetos possam ser serializados.

Exemplo do método replaceState()

Suponha que http://mozilla.org/foo.html execute o seguinte JavaScript:

js
const stateObj = { foo: "bar" };
history.pushState(stateObj, "page 2", "bar.html");

A explicação destas duas linhas acima pode ser encontrada na seção "Exemplo do método pushState()". Suponha, então, que http://mozilla.org/bar.html execute o seguinte JavaScript:

js
history.replaceState(stateObj, "page 3", "bar2.html");

Isso fará com que a barra de URL do navegador exiba http://mozilla.org/bar2.html, mas não fará com que o navegador carregue bar2.html ou cheque se bar2.html existe.

Suponha agora que o usuário navegue até http://www.microsoft.com e, em seguida, clique no botão voltar. Neste momento, a barra de URL mostrará http://mozilla.org/bar2.html. Caso o usuário clique novamente no botão voltar, a barra de URL mostrará http://mozilla.org/foo.html e ignorará completamente bar.html.

O evento popstate

O evento popstate é disparado sempre que a entrada do histórico ativo é alterada. Se a entrada do histórico ativa foi criada por uma chamada pushState ou afetada por uma chamada replaceState, a propriedade state do evento popstate contém uma cópia do objeto de estado da entrada do histórico.

Veja window.onpopstate para exemplo de utilização.

Lendo o estado atual

Quando sua página é carregada, ela pode ter um objeto de estado não nulo. Isso pode acontecer, por exemplo, se a página definir um objeto de estado (usando pushState() ou replaceState()) e, em seguida, o usuário reiniciar seu navegador. Quando sua página é recarregada, ela receberá um evento onload, mas nenhum evento popstate. No entanto, se você ler a propriedade history.state, receberá o objeto de estado que teria obtido se um popstate tivesse sido disparado.

Você pode ler o estado da entrada do histórico atual sem esperar por um evento popstate usando a propriedade history.state como o exemplo abaixo:

js
var currentState = history.state;

Exemplos

Para um exemplo completo de um web site AJAX, veja: Exemplo de navegação Ajax.

Especificações

Specification
HTML Standard
# the-history-interface

Compatibilidade com navegadores

BCD tables only load in the browser